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Mercedes -Benz E 350 Cabriolet

04-08-2010 12:32

 

Mercedes-Benz E 350 Cabriolet
Menos teto, mais estilo
Eduardo Hiroshi

Fotos: Divulgação

A não ser pela chuva que desaba nesta época do ano, nós não damos muita atenção para o verão. Ele chega e pronto – e permanece por boa parte do ano. Na Europa é diferente: as pessoas se animam, programam viagens e mudam o astral. Por isso, mesmo em países frios, as pessoas querem curtir o sol quando ele aparece. É uma das razões que justifica a existência de conversíveis.

Fotos: Divulgação
No Brasil, só uma opção de motor: o V6 3.5 de 292 cv movido a gasolina. Mas dá para encomendar o V8 5.5 de 388 cv

No Brasil, a violência 82 caranddriverbrasil.com.br afasta os apreciadores desta configuração de carroceria. Mas, para os grandes entusiastas, não há nada que pague o prazer de dirigir um carro sem capota, em uma estrada livre. Se você é dessa tribo, separe R$ 320 mil: é o quanto custa o Mercedes- Benz Classe E Cabriolet.

Fotos: Divulgação
O couro vermelho pode ser trocado. Já o bom acabamento é de série

É, em nossa opinião, o modelo mais bonito da nova família. Mas que família? Sob a carroceria, ele é um Classe C, embora as dimensões e, claro, a aparência sejam similares às do modelo maior. A plataforma do Classe C é mais versátil e permitiu este arranjo (é importante lembrar que o antecessor do E Cabrio, o CLK, também era um derivado do Classe C com preço e aparência de Classe E).

O Classe E Cabriolet é um carro de quatro lugares e o banco traseiro tem tamanho decente para acomodar adultos de média estatura. Durante a avaliação feita no lançamento europeu do carro, experimentei o banco traseiro: o motorista e o passageiro da frente tinham 1,80 metro e ainda havia algum espaço para os meus joelhos, embora o banco seja bastante baixo.

Fotos: Divulgação
Impressione a vizinha abrindo e fechando a capota, mas não corra o risco de passar vexame na saída do semáforo: o sistema só funciona abaixo de 40 km/h. Acima disso, o mecanismo para

COM LICENÇA, MULHER

A capota, como é habitual nesses carros, dá seu show particular. Elétrica, ela abre e fecha em 20 segundos e pode ser acionada a até 40 km/h, o dobro da velocidade permitida no CLK. O material usado é uma mistura de tecidos impermeáveis – que a gente teima em chamar de “capota de lona”.

A Mercedes- Benz mantém a capota de tecido no lugar dos tetos rígidos que vários conversíveis, como os da BMW, passaram a oferecer. A capota flexível é mais leve e ocupa menos espaço no portamalas, de 300 litros. Se a capota ficar o tempo todo levantada, o carro ganha mais 90 litros de bagagem. O Classe E Coupé tem 450 litros.

Ao abrir ou fechar a capota, atenção: o teto encosta na cabeça dos eventuais ocupantes do banco traseiro no começo do movimento. É a única parte incômoda desse vai e vem (silencioso) de trilhos, engrenagens e alavancas.

Uma pequena aba sobre o para-brisa, batizada pela empresa como Aircap, desvia o vento e funciona como uma sombra aerodinâmica, diminuindo o vento para os passageiros de trás. Não faz milagres; por isso, se a ideia for viajar, ou você sobe a capota ou dá um lenço para as mulheres que estiverem de carona prenderem os cabelos.

Os recursos de segurança do Classe E incluem o Pre-Safe (que freia o carro em caso de colisão iminente), além de sensores que detectam cansaço do motorista, já presentes no Classe E cupê. O conversível estreia ainda novos air bags de cabeça, instalados na altura dos cintos de segurança dianteiros.

Fotos: Divulgação
É o modelo mais bonito da linha E, com um detalhe: seu chassi é emprestado do Classe C

DESFILE

Conversíveis, salvo os esportivos puro-sangue, não foram feitos para andar rápido. Seu objetivo é desfilar. A ausência do teto rígido limita muito os limites de torção da carroceria, piorando a estabilidade em relação às versões sedã e cupê. O Classe E Cabriolet não é exceção e não faz as mesmas curvas que o E Coupé faz, mas está bem acima da média dos conversíveis. Claro que parte do segredo está no uso da plataforma do Classe C, um carro mais esperto. Mas o acerto está muito bom para a proposta do modelo.


A capota de lona (ok, tecidos sintéticos de alta tecnologia) ocupa menos espaço no porta-malas do que as capotas rígidas

Resta saber como ele vai se comportar no esburacado asfalto brasileiro, já que nossa avaliação foi toda feita em estradas lisas.

As vendas começam no meio do ano e o carro virá em versão única, a E 350, com motor V6 a gasolina. Sob encomenda, a marca pode trazer o E 500, com um V8, ainda sem preço definido.

Fotos: Divulgação

O ANCESTRAL DO CLASSE E

A 80 km/h, o vento entra por todos os lados. Nada de Aircap. Air bag? Este carro não tinha sequer apoios de cabeça. Mas a sensação ao volante é inesquecível; é como entrar numa máquina do tempo. Seu nome é 220 SE Cabriolet e é um ancestral do novo Classe E Cabrio.

Fabricado de 1961 a 1971, foi a segunda geração de conversíveis da Mercedes produzida com monobloco e não sobre chassi (o modelo pioneiro foi o 220 S Cabriolet A/C, de 1956).

Dirigi uma unidade 1963, pertencente ao acervo histórico da Mercedes-Benz, com motor 2.2 de seis cilindros em linha e 120 cv.

Fotos: Divulgação
Encaixes perfeitos, bons materiais e estilo impecável: quantos carros terão essa dignidade daqui a 40 anos?

Apesar do estranhamento inicial de um painel liso e baixo demais em relação aos modelos atuais, rapidamente se percebe que é um carro de alto nível: acabamento de madeira, encaixes perfeitos, comandos leves e acessíveis.

O volante, de grande diâmetro, dificulta manobras rápidas e exige algum aprendizado para calcular mudanças de direção. Para a época, era um exemplo de precisão. Hoje exige adaptação e atenção do motorista.

A 100 km/h, o motor gira a cerca de 3.200 rpm em quarta marcha (o câmbio, manual, fica no assoalho) e o barulho indica que tudo funciona bem. Nada de batidas ou rangido, e o carro aceita esticar as marchas.

Novamente pensando nos anos 60, a suspensão era um bom exemplo de calibração. Para os dias atuais e nas mãos de motoristas pouco experimentados, é um carro que dá trabalho, pois balança muito em ondulações, e a carroceria rola em curvas insuspeitas. Os freios também exigem atenção.

Mas, ei, estamos falando de um carro feito em 1963! Dificilmente daqui a 40 anos os carros de hoje funcionarão com essa dignidade.

 Fonte:WWW.CARANDDRIVER.COM.BR

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