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Mercedes-Benz SLK 200

04-08-2010 12:38

 

Teste da Bia
Mercedes-Benz SLK 200
Eis um carro que realmente faz jus ao nome
Bia Figueiredo / Foto Fabio Arantes


Em dois anos de C/D, guiei Audi, BMW, Volvo... Tudo, menos Mercedes, uma marca que, em minha opinião, representa elegância, sutileza e desempenho. Estava na hora, portanto, de dirigir um carro desses. E minha estreia foi com um cupê-conversível ou, se preferirem, com um roadster dois lugares, o SLK 200 K.

A sigla, traduzida para nossa língua, significa "esporte, leve e compacto". O número representa a capacidade cúbica do motor, um 1.8 (na verdade, 1.796 cm³) ajudado por um compressor mecânico (184 cv). Não é o motor mais forte que já vi, embora seja o suficiente para me divertir. Existe uma outra versão do roadster, a V6 de 305 cv. Com apenas 95 quilos a mais que a 200 K, a 350 deve ser o bicho!
 

Dureza

Falei sobre a potência por um motivo: quando vi o carro parado na garagem, pensei "isso deve andar muito!". O desenho sugere mais que velocidade e disposição para ser veloz. O SLK, agora na segunda geração, foi inspirado no do SLR que foi construído para parecer um McLaren de F1. O ressalto no centro do capô forma o nariz do F1 e o spoiler sob o para-choque, as asas dianteiras do carro de pista.

Ficou genial. O "nariz" do SLK divide a grade dianteira e ostenta, na ponta, a estrela da marca. Na lateral, o vinco que marca a linha de cintura indica velocidade. E nem é preciso completar a volta em torno do roadster porque a traseira não surpreende - o único detalhe que me chamou a atenção foram as saídas do escapamento que, a propósito, produzem um belo ronco.

Entrar em um carro de 1,30 m de altura sempre exige algum tipo de exercício - mas neste caso não senti tanta dificuldade: as portas se abrem em bom ângulo e os bancos (que embutem bolsas de ar laterais e têm estrutura de magnésio) recebem bem o corpo. Difícil é lidar com a direção e com o acelerador, pesados além da conta. Já dirigi esportivos mais fortes e, no entanto, mais suaves que este (se você tem ou teve carro com direção sem assistência hidráulica, sabe do que estou falando). Cansa um pouco no trânsito, mas não tira a agilidade do roadster - e, fora isso, me proporcionou dois dias de musculação grátis, um bom preparo para a F-Indy daqui a alguns meses.


Traseira

Gostei da suspensão, que filtra bem a buraqueira. Mas ficava preocupada em largar pedaços do spoiler cada vez que passava por uma lombada - o carro, com pneus de perfil baixo (55 na dianteira e 50 na traseira) e com seu acerto esportivo raspa em qualquer obstáculo. E tenho algumas observações em relação à transmissão: ela oferece mais energia com o seletor no modo sport, mas achei o curso da alavanca meio complicado: algumas vezes colocava em neutro quando queria engrenar ré.

Em várias ocasiões, deixei o câmbio em sport, desativei o controle de tração e entrava forte em curvas para a traseira escapar um pouco. O carro transmite muita segurança para esses abusos eventuais - e freia muuuuito no asfalto seco.

O interior corresponde à expectativa: é sóbrio e impecável e alguns comandos têm desenho nostálgico, embora tudo funcione perfeitamente. O som, apoiado por nove alto-falantes, é ótimo. Dá para ouvir música mesmo com a capota arriada.

O SLK custa caro, mais de R$ 210 mil, preço que embute a entrada para o show de assistir às chapas do teto se dobrando para se recolherem dentro do porta-malas.

 

 

Fonte:WWW.CARANDDRIVER.COM.BR

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